massa :
50 gr fermento biológico seco ( 1 colher cheia de sobremesa)
1 colher ( chá de açúcar)
1 xícara de leite morno
2 colheres ( café) de sal
1 colher de ( sopa) de margarina
2 xícaras de ( leite) de farinha de trigo
1 gema batida com 1 colher de sobremesa para pincelar
recheio :
3 tomates sem pele e sem sementes
200 gr de presunto picado
200 gr de mussarela picada
sal, orégano e azeite
modo de preparo
dissolva o fermento com o açúcar no leite morno, após isso vai adicionando o restante dos ingredientes , adicione a farinha e vai mexendo até desprender da mão ( caso necessário acrescente um pouco mais de farinha).
divida em 2 ou 4 partes, dependendo do tamanho do pão que deseja. abra a massa com rolo sobre uma mesa e adicione sobre a massa o tomate , azeite e orégano, acrescente por cima o queijo e o presunto, enrole a massa como se fosse um rocambole.
coloque em uma forma untada com margarina, pincele por cima da massa a mistura para dourar, caso queire pode salpicar um pouco de queijo por cima.
Rafa, posta uma receita de pão com recheio de maça ou algo do tipo... Uma receita de pão com maça, uvas passas etc. Beijos!!
ResponderExcluirBraço Cigano
ResponderExcluirUm dia absurdo em que um monte de merda aconteceu (nem tanto).
Josiberto estava andando na calçada e topou com uma barraquinha diferente. Nela vendia-se uma montoeira de salgados artesanais. A dona da barraca era muito sorridente e exibia suntuosos dentes de ouro. Falava alto e rápido. Por vezes, cuspia e a gotícula de saliva iria parar gelidamente na bochecha de Josiberto. Sentia um frio na espinha e um arrepio no ânus toda vez que isso acontecia.
Ela foi mostrando a variedade de salgados. Todos vistosos, encorpados e levemente dourados. Era bonito de se ver.
“Esta aqui é uma coxinha especial, este é um bolinho de queijo recheadíssimo, esta é uma bela esfirra, aquele ali é o braço cigano…” Braço cigano?! Braço cigano?! O que é isso?! Josiberto engoliu em seco. Ficou um pouco assustadiço e notou que iria ter um daqueles seus famosos ataques de ansiedade. Tremeu e criou coragem para perguntar num sussurro que mais pareceu um peido enfraquecido por um intestino velho e desgastado: “Mas, mas o que é o braço cigano?” A mulher olhou pra ele com uma cara interrogativa e depois de alguns segundos irrompeu numa gargalhada que resultou numa metralhadora de cuspe bem na cara de Josiberto. “Ha, haaaa, ha, haaa! Mas você não conhece não filho? É o braço cigano. O recheio é de presunto, queijo e tomate. É uma delícia, a massa é muito gostosa! É o melhor salgado assado que existe!” Ah, é tipo um enrolado de presunto e queijo, só que com outro nome, refletiu ele. “Sim, sim, hehe, me vê um então.” “É pra já!”
A dona pegou o salgadão e entregou rapidamente a Josiberto. “Pode comer, é muito bom, mas cuidado que tá quente!”
Com um risinho acanhado, Josiberto mordeu o braço cigano e ficou muito satisfeito com o sabor. “É bom mesmo.”
“Mas, meu filho, você sabe porque chama braço cigano?” “Não.” “É uma bela história. No Domingo de Ramos, um cigano, que tinha bebido um pouco além da conta, arranjou uma briga com um nordestino, bem no meio da praça. O nordestino era bom de peixeira, arrancou o facão e decepou o braço esquerdo do cigano. Aí acabou a briga, mas, vendo o membro estirado ali no chão, meio aberto, com sangue pra todo lado, umas peles pra cá, outras pra lá, uns talhos bem grandes, vermelhos, sulcos profundos, pus, os anéis tilintando ao sol (as pulseiras de ouro sumiram na hora), vendo tudo isso, Seu Joaquim da padaria logo teve uma ideia pra um salgado bem caprichado. Fez o tal do braço cigano, comeu, vendeu e fez um baita sucesso! Isso foi lá por 1920.”
Josiberto ficou espantado com a história da dona (que mais parecia uma professora de história do que uma vendedora de barraquinha de salgados). Terminou o salgado, pagou, despediu-se e foi embora, rumo a sua humilde casa.
De madrugada, lá pelas 4 horas, sonhou com o cigano, ele tinha um sorriso perverso e maldizia Josiberto e o seu futuro. Acordou com um gosto azedo na garganta.